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Livro Impresso

Para que todos entendais
Poesia atribuída a Gregório de Matos e Guerra: letrados, manuscritura, retórica, autoria, obra e público na Bahia dos séculos XVII e XVIII



Hansen, João Adolfo (Autor), Moreira, Marcello (Autor)

Literatura Brasileira


Sinopse

Na Poética, 1449, 5, Aristóteles fala brevemente sobre o cômico: A comédia é a imitação de homens de qualidade moral inferior, não em toda espécie de vício, mas no domínio do ridículo, que é uma parte do feio. Porque o ridículo é uma feiura sem dor nem dano; assim, por exemplo, a máscara cômica é feia e disforme sem expressão de dor. O trecho refere o feio em geral, aiskhrón, para especificar um subgênero dele, gheloion, que a latinidade e autores dos séculos XVI, XVII e XVIII chamaram de ridiculum, ridículo. O exemplo da máscara teatral sintetiza dois elementos que definem o feio: a deformação inofensiva, que é tratada ironicamente como gheloion, ridículo; a deformação nociva, tratada agressivamente com psógos, maledicência. Nos dois casos, a definição do cômico como deformação pressupõe o conceito grego e latino do belo-bom como unidade racional sem deformação e mistura. Sensivelmente, a feiura é deformação do belo-bom; moralmente, é vício e, intelectualmente, erro. A matéria geral dos poemas cômicos do Códice Asensio-Cunha é a feiura física, do corpo, e a feiura moral, da alma. A feiura do corpo corresponde a inumeráveis espécies de deformações e misturas; a da alma divide-se em duas, estupidez e maldade. Nos poemas, a feiura física metaforiza a feiura moral de vícios fracos, ridicularizados, e vícios fortes, vituperados com maledicência.

Metadado adicionado por Grupo Autêntica em 26/09/2016

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Última alteração: 23/02/2017

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Autêntica conta com mais de 700 publicações em seu catálogo. Reconhecida por seu trabalho com o público acadêmico e por suas obras destinadas às áreas das Ciências Humanas, a editora foi crescendo com o passar dos anos e passou a publicar livros com temas mais abrangentes e diversificados, como literatura brasileira e estrangeira de qualidade, com nomes de peso como Maura Lopes Cançado, Ferreira Gullar e Virginia Woolf. O catálogo contempla também obras de Antropologia, Cultura Negra, Sociologia, Historiografia, Comunicação, Cinema e Teatro, Biblioteca Escolar, Linguística, Educação, entre outros. A editora assumiu o desafio de trazer para a língua portuguesa obras de Filosofia fundamentais para seus leitores. Exemplos dessa empreitada são a tradução bilíngue (latim-português) da Ética, de Spinoza, e o Vocabulário de Foucault – Um percurso pelos seus temas, conceitos e autores, do argentino Edgardo Castro. Em 2011, criou a coleção Filô, contemplando autores clássicos e contemporâneos da Filosofia, que vão de Platão e Espinosa, a Walter Benjamin, Giorgio Agamben e Slavoj Žižek. Publicações importantes em áreas mais específicas da Educação, como Pedagogia/Formação de Professores, Filosofia da Educação, Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação Matemática, Ensino da Escrita e da Leitura, História da Educação, entre outras, integram o catálogo. Atualmente, a editora aposta em publicações de luxo, com capa dura e acabamento sofisticado, de nomes como James Joyce, Rubem Braga, Campos de Carvalho, Foucault e Thomas Moore. Além disso, é a responsável pela publicação de O Sumiço, tradução em língua portuguesa de La Disparition, romance de Georges Perec todo escrito sem a letra “e”.

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