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Livro Impresso

Degolarratos



Moscato, Enzo (Autor), Mosca, Anita (Tradutor)

Dramaturgia, teatro, literatura italiana


Sinopse

Degolarratos (Scannasurice) é uma peça do dramaturgo italiano Enzo Moscato, encenada poucos anos após o terremoto de Irpinia, de 1980, e constitui-se como metáfora do desmoronamento não apenas físico, mas também humano e social, que atingiu Nápoles e toda a sua cultura milenar na década que se seguiu. Na visão de Enzo Moscato, intitulado hoje “poeta da cena italiana”, o trauma coletivo do terremoto provoca um corte, seco e definitivo, com a língua, a música, a cultura e a identidade napolitana do passado. Degolarratos é um monodrama, cujo personagem é um travesti que vive em um subterrâneo desolado, nos Quartieri Spagnoli. A estrutura dramatúrgica da peça alterna momentos distintos nos quais o protagonista, o “Degolarratos”, dialoga com os ratos, metáfora dos napolitanos, os quais, perante ao real sismo de 1980, não se uniram para reconstruir e curar as feridas da cidade e da sociedade. “Degolarratos” dialoga também com um estudante de filosofia que vive no andar de cima, cuja presença se dá apenas por evocação, e que representa o elemento positivo da arquitetura dramatúrgica, como uma possibilidade de redenção futura. Em outros momentos, extremamente visionários e oníricos, são professadas soluções impiedosas ao câncer que apodrece a cidade.

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Última alteração: 23/12/2016

Áreas do selo: ArtesHumanidadesLiteratura estrangeiraLiteratura nacionalTeoria e crítica literária

(re.li.cá.ri.o) sm. 1. Rel. Caixa ou baú onde se guardam objetos pertencentes a um santo ou que foram por ele tocados. 2. Caixa ou baú onde se guardam objetos de grande valor afetivo. 3. Bolsinha com relíquias que alguns fiéis trazem no pescoço em demonstração de devoção. 4. Coisa preciosa, de grande preço e valor. [F.: Do lat. reliquiae, arum; 'relíquias'.] A proposta editorial da Relicário Edições aproxima-se da definição de seu verbete, com a diferença de que a transpomos para um sentido laico. Escritas por mãos humanas, as palavras são fruto de um amálgama de sentidos, percepções e afetos – muitas delas palavras-relíquias, signos carregados de aura, rastros de tempo. A verdade é que desde muito as palavras possuem uma morada cativa - o livro é por excelência o relicário das letras. Queremos dar continuidade à função mais cara que o livro escrito possui: preservar e divulgar os saberes e memórias postos em letras e palavras por seus autores. A Relicário Edições possui duas linhas editoriais que abrangem gêneros textuais diversos. A primeira é direcionada à produção acadêmica e científica nas áreas de ciências humanas, filosofia, estética, artes e estudos literários, contemplando publicações a partir de dissertações e teses, bem como coletâneas de artigos, ensaios e revistas acadêmicas. Nessa linha editorial contamos com um conselho avaliativo composto por nomes representativos das principais universidades do país, cuja experiência permite a avaliação da qualidade dos textos e de sua relevância para o debate nas áreas em que os escritos se inserem. Traduções de autores estrangeiros dessas áreas do conhecimento estão igualmente presentes em nossa proposta editorial, pois acreditamos que trazê-los à língua portuguesa constitui um serviço ao leitor interessado, ampliando a partilha do pensamento que nasce em determinado tempo e espaço, mas cujos destinatários e interlocutores podem estar [e estão] aqui e agora. A segunda linha editorial se volta para a publicação de textos de literatura em língua portuguesa e para a tradução de autores estrangeiros – ainda pouco divulgados no país – que transitam pelo romance, ensaios, contos, crônicas e poesia. “Por mais que o livro se apresente como um objeto que se tem na mão; por mais que ele se reduza ao pequeno paralelepípedo que o encerra: sua unidade é variável e relativa. No momento mesmo que o interrogamos, a forma perde sua evidência; ela não se enuncia nela própria, ela só se constrói a partir de um campo complexo do discurso.” [FOUCAULT, M.] "Obscuramente livros, lâminas, chaves seguem minha sorte." [BORGES, J,L.] "Nunca hay demasiados libros. Hay libros malos, malísimos, peores, etcétera, pero nunca demasiados." [BOLAÑO, R.]

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